O PDI da Ufla considera a extensão universitária como atividade indissociável do ensino e da pesquisa e responsável pelo estreitamento da relação universidade-sociedade. Reconhece ainda como atividades de extensão a execução de programas, projetos, cursos, eventos, prestação de serviços, publicações, estágios, ação social comunitária e ação integrada ensino, pesquisa e extensão. Nesse item serão apresentadas a avaliadas as atividades gerais de extensão da Ufla, bem como o programa de bolsas de extensão, para alunos de graduação. As atividades do Sistema Ufla de Comunicação (SUC) serão avaliadas na dimensão “Comunicação com a Sociedade”.

A tabela 10 mostra e evolução, entre os anos de 2000 e 2005, de diversos parâmetros das atividades de extensão da Ufla. Pode ser observada uma tendência de manutenção de indicadores de extensão no período analisado, come exceção ao ano de 2003. Nesse ano o número de alunos bolsistas foi fortemente reduzido, bem como a quantidade de projetos, programas e número de pessoas da comunidade assistidas pelas ações (figura 4 e figura 5).

No ano de 2005 foram emitidos 1438 certificados para professores da instituição por atividades de extensão realizadas. Considerando o montante de 333 professores no referido ano, temos uma média de 4,3 certificados/docente/ano. Esse dado demonstra um forte envolvimento de docentes nas atividades de extensão.

TABELA 10 – Dados quantitativos do total de alunos vinculados a projetos de extensão, certificados de atividade de extensão emitidos para docentes, estimativa global do numero de pessoas não ligadas à comunidade acadêmica atendidas pelos projetos e numero de projetos e programas referentes ao período de 2000 a 2005.

1 numero de alunos vinculados a projeto de extensão/ano; 2  número de certificados de atividade de extensão emitidos para docentes/ano; 3   somente pessoas não ligadas à comunidade acadêmica.

FIGURA 4 – Representação gráfica do numero total de alunos envolvidos em projetos de extensão e o de projetos e programas referentes ao período de 2000 a 2005.

FIGURA 5 -Representação gráfica do numero de pessoas sem vinculo acadêmico com a Universidade atendidas pelos projetos de extensão no período de 2000 a 2005.

A tendência de estagnação dos índices de extensão da universidade pode refletir a dificuldade de implantação de novas atividades nessa área, que tradicionalmente não conta com linhas de financiamento externo à universidade. No questionário de avaliação institucional aplicado aos professores três parâmetros foram pesquisados: como o professor avalia, de modo geral, as atividades de extensão da UFLA; o apoio institucional para projetos/atividades de extensão sem financiamento externo à instituição; e o apoio/articulação institucional para a captação de financiamento externo à UFLA. Na avaliação das atividades de extensão 63% dos professores consideraram como satisfatórias (conceitos ótimo, muito bom e bom, gráfico 18.1, anexo 1). Somente 32% dos professores consideraram como satisfatório o apoio institucional para projetos sem financiamento externo (gráfico 18.2, anexo 1) e 44 % consideraram adequada a articulação institucional para a captação de recursos externos (gráfico 18.3, anexo 1). Torna-se necessário para a instituição nos próximos anos uma maior capacitação e articulação para a captação de recursos externos para as atividades de extensão. Com o aumento dos investimentos federais em política sociais nos últimos anos diversos ministérios disponibilizam verbas para ações em parceria com universidades, ONGs etc. Para o sucesso nessa captação qualquer universidade precisa de uma mudança de paradigma: não só oferecer a atividade de extensão ao qual já é capacitada, mas moldar as suas atividades de extensão às necessidades sociais e oportunidades de captação de recursos.

Análises mais aprofundadas das atividades de extensão da UFLA, como a proporção de professores do quadro permanente participando em atividades de extensão a cada ano, tipo de atividade desenvolvida (programa, projeto, prestação de serviços, eventos etc) por área de conhecimento, dentre outras, não podem ser feitas pela falta de um banco de dados centralizado na instituição que permite a formulação de consultas automáticas e recuperação de informações.